Baixa qualidade nas entregas de obras Residências – “O Novo já Nasce Velho!”
Como a falta de critério nas execuções pode comprometer a vida útil dos sistemas e componentes Prediais.
Fernando Tury
8/8/20252 min read


A construção civil, mesmo com avanços tecnológicos e novas metodologias de gestão, ainda figura entre as atividades mais onerosas da economia. Dar vida a um edifício exige tempo, planejamento, diversas etapas, uma cadeia complexa de profissionais e fornecedores. No entanto, apesar desse ecossistema técnico e gerencial, observa-se um crescimento preocupante no número de chamados de assistência técnica imediatamente após a entrega de empreendimentos multifamiliares.
Isso revela que os erros de projeto, falhas de execução e a utilização de materiais de baixa durabilidade — ainda que certificados — não estão sendo contidos. O resultado são entregas com defeitos desde a concepção até a finalização da obra, justificando a expressão: “o novo já nasce velho”.
A imagem apresentada ilustra uma caixa de passagem elétrica próxima à entrada de um empreendimento entregue em 2024. Menos de um ano depois, já é possível constatar sinais de comprometimento em um sistema essencial à habitabilidade: a rede elétrica.
Embora à primeira vista pareça apenas uma caixa suja, uma análise técnica revela falhas graves: ausência de identificação nos cabos, excesso de eletrodutos, tubulações obstruídas ou mal sondadas, resíduos de obra, cabos emaranhados e, inclusive, presença de cabos de fibra óptica entre condutores elétricos — algo que contraria boas práticas e normas técnicas.
Qual será o estado desse sistema em cinco anos? A resposta preocupa. Falta de critérios de execução compromete não só a durabilidade, mas a eficiência dos sistemas. Boas práticas — como uso de material drenante no fundo da caixa, separação entre circuitos, identificação adequada, e limpeza — são negligenciadas em nome de economia imediata, com consequências inevitáveis no médio prazo.
A verdade é que a conta chega — e está chegando cada vez mais cedo. Sempre repassada ao usuário final, seja via manutenção corretiva ou perda de desempenho. A engenharia diagnóstica e a inspeção predial são ferramentas-chave para mitigar esses impactos e preservar a saúde da edificação ao longo do tempo.
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